UFMG anula prova de concurso para professor negro que aprovou só candidatos brancos

  • 11/07/2024
(Foto: Reprodução)
Etapa de apresentação de seminários, em que candidatos negros tinham sido eliminados, será realizada novamente, em data posterior. Campus Pampulha da UFMG Foca Lisboa/UFMG/Divulgação A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) decidiu anular a prova do concurso do Departamento de Fisiologia e Biofísica voltado para professores negros em que só foram aprovados candidatos brancos. A avaliação será realizada novamente. Em comunicado enviado aos candidatos do concurso, o diretor do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG, professor Ricardo Gonçalves, afirmou que a Câmara do Departamento de Fisiologia e Biofísica anulou a prova de apresentação de seminários porque determinados itens do edital, relacionados à realização da etapa por videoconferência, "não foram observados em conjunto". "Com o compromisso de que o processo seja conduzido dentro das normas estabelecidas pelo edital, vamos realizar a prova de seminários em uma nova data. Os candidatos, que realizaram a prova de apresentação de seminários, serão convocados com até 30 dias de antecedência para o comparecimento no local estabelecido para a realização da prova", diz um trecho do documento. Em concurso com vaga para professor negro, UFMG aprova apenas pessoas brancas, diz candidata Processo seletivo O objetivo do concurso é o preenchimento de uma vaga de professor adjunto no Departamento de Fisiologia e Biofísica. O edital, publicado em 20 de setembro de 2023, prevê que a vaga "será provida, preferencialmente, por candidatos concorrentes às vagas reservadas aos negros". No entanto, nenhum dos candidatos negros foi aprovado pela banca examinadora. Edital do concurso da UFMG para seleção de professor adjunto Reprodução Segundo a UFMG, ao todo, 22 pessoas tiveram as inscrições para o concurso deferidas, sendo que sete se autodeclararam pretas ou pardas. Onze candidatos compareceram à primeira etapa, de prova escrita, e sete foram classificados para a fase seguinte, de provas de seminário e de títulos. Cinco foram aprovados, nenhum negro. "Com a desclassificação dos inscritos por reserva de vaga nas etapas de prova, seguindo estritamente os parâmetros constantes no referido edital, a vaga remanescente foi revertida para a ampla concorrência", disse a universidade, na época. 'Vitória' A denúncia sobre o resultado do processo seletivo foi feita pela doutora Giselle Santos Magalhães, de 37 anos, que obteve a melhor nota na prova de títulos – 95 em 100. Segundo ela, na avaliação da apresentação de seminário, a banca deu notas baixas para as candidatas negras e pontuações maiores para as pessoas brancas. Para Giselle, a decisão da UFMG de anular e remarcar a prova é uma vitória. "A etapa foi conduzida com erros técnicos como explica a nota da UFMG. Mas ainda é necessário que a UFMG avalie com cautela a manutenção da mesma banca avaliadora. Espero que seja modificada", disse. Giselle Santos Magalhães Arquivo pessoal O g1 questionou a UFMG sobre a banca examinadora, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. Vídeos mais vistos no g1 Minas:

FONTE: https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/2024/07/11/ufmg-anula-prova-de-concurso-para-professor-negro-que-aprovou-so-candidatos-brancos.ghtml


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